Boa noite!
Enquanto os meninos vão falando sobre drogas e o clima aqui vai ficando pesado, resolvi fazer um post para descontrair um pouco... Falando sobre o amor!
A verdade é que existe uma bioquímica do amor: esse sentimento é controlado por uma série de neurotransmissores que atuam nos deixando as sensações de confiança, crença, prazer e recompensa. Ou seja, nos deixando apaixonados.
Antes de tudo, é preciso distinguir de que tipo de amor falaremos aqui. A antropóloga Helen Fisher, famosa pelos seus estudos sobre a bioquímica do amor, propôs a existência de três fases desse sentimento, cada uma delas com suas características químicas e emocionais próprias.
A primeira fase do amor é a fase do desejo, que se inicia em nossa adolescência e torna nosso cérebro interessado em procurar parceiros sexuais. Já a segunda fase (que será abordada com mais ênfase nesse post, por ser a fase regulada por neurotransmissores) é a fase da paixão. É nessa altura que perdemos o apetite, sentimos o coração palpitar e as borboletas no estomago. Nessa época, o outro se torna quase que uma obsessão. Já a terceira fase é a chamada fase de ligação. É o amor sóbrio, que fornece os laços de confiança e companheirismo responsáveis por manter os parceiros unidos.
Nesse post, como foi mencionado acima, a segunda fase será mais abordada. As outras fases também têm suas regulações químicas, porém como as regulações são hormonais achei melhor falar somente da parte que se relaciona com o tema do blog. Entretanto, para quem se interessou e quiser saber mais sobre o assunto, recomendo que clique aqui!
Três neurotransmissores têm maior relação com essa fase de paixão doentia: a norepinefrina, a serotonina e a dopamina.
A norepinefrina é um estimulante natural do cérebro. Ela é a responsável pelos sentimentos de exaltação e euforia que temos quando estamos apaixonados. Além disso, a falta de sono e de apetite que sentimos quando profundamente enamorados também advêm desse neurotransmissor.
Já a serotonina têm sua ação nos apaixonados por estar em falta. Quando nos encontramos com baixos níveis desse neurotransmissor tendemos a ficar obcecados, a ter uma espécie de fixação no ser amado. Aliás, algo curioso a ser comentado é que, monitorando os níveis de serotonina de portadores de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), percebe-se que estes são muito semelhantes aos níveis que se encontra em pessoas apaixonadas. Ou seja, o amor deixa-nos loucos- de verdade!
Enquanto a serotonina age por estar em baixa, em apaixonados encontra-se um ALTÍSSIMO nível de dopamina. Esse neurotransmissor é encontrado principalmente em casais recém-apaixonados, e é importante no mecanismo de desejo e recompensa (já previamente explicado pelo meu colega Caio em posts passados). Deduz-se então que os efeitos do amor no cérebro são análogos aos efeitos da cocaína.
Essa composição química do que chamamos de paixão pode nos deixar viciados: os seus dependentes tendem a saltar de romance em romance, abandonando seus parceiros assim que o cocktail químico inicial desvanece. E pior ainda, os que insistem em continuar com o mesmo parceiro tendem a buscar a dose extra de excitação em relacionamentos extraconjugais.
Bem, eu tinha falado no começo do post que ia me desviar um pouco do tema “drogas”, que estava sendo bastante abordado pelos meninos, mas acabou que eu não consegui fugir: o amor também é uma droga, e das mais potentes!
No entanto, ao contrário das outras, amar é bastante recomendado :)
Até breve!
Maria Eduarda – MED91.
Enquanto os meninos vão falando sobre drogas e o clima aqui vai ficando pesado, resolvi fazer um post para descontrair um pouco... Falando sobre o amor!
A verdade é que existe uma bioquímica do amor: esse sentimento é controlado por uma série de neurotransmissores que atuam nos deixando as sensações de confiança, crença, prazer e recompensa. Ou seja, nos deixando apaixonados.
Antes de tudo, é preciso distinguir de que tipo de amor falaremos aqui. A antropóloga Helen Fisher, famosa pelos seus estudos sobre a bioquímica do amor, propôs a existência de três fases desse sentimento, cada uma delas com suas características químicas e emocionais próprias.
A primeira fase do amor é a fase do desejo, que se inicia em nossa adolescência e torna nosso cérebro interessado em procurar parceiros sexuais. Já a segunda fase (que será abordada com mais ênfase nesse post, por ser a fase regulada por neurotransmissores) é a fase da paixão. É nessa altura que perdemos o apetite, sentimos o coração palpitar e as borboletas no estomago. Nessa época, o outro se torna quase que uma obsessão. Já a terceira fase é a chamada fase de ligação. É o amor sóbrio, que fornece os laços de confiança e companheirismo responsáveis por manter os parceiros unidos.
Nesse post, como foi mencionado acima, a segunda fase será mais abordada. As outras fases também têm suas regulações químicas, porém como as regulações são hormonais achei melhor falar somente da parte que se relaciona com o tema do blog. Entretanto, para quem se interessou e quiser saber mais sobre o assunto, recomendo que clique aqui!
Três neurotransmissores têm maior relação com essa fase de paixão doentia: a norepinefrina, a serotonina e a dopamina.
A norepinefrina é um estimulante natural do cérebro. Ela é a responsável pelos sentimentos de exaltação e euforia que temos quando estamos apaixonados. Além disso, a falta de sono e de apetite que sentimos quando profundamente enamorados também advêm desse neurotransmissor.
Já a serotonina têm sua ação nos apaixonados por estar em falta. Quando nos encontramos com baixos níveis desse neurotransmissor tendemos a ficar obcecados, a ter uma espécie de fixação no ser amado. Aliás, algo curioso a ser comentado é que, monitorando os níveis de serotonina de portadores de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), percebe-se que estes são muito semelhantes aos níveis que se encontra em pessoas apaixonadas. Ou seja, o amor deixa-nos loucos- de verdade!
Enquanto a serotonina age por estar em baixa, em apaixonados encontra-se um ALTÍSSIMO nível de dopamina. Esse neurotransmissor é encontrado principalmente em casais recém-apaixonados, e é importante no mecanismo de desejo e recompensa (já previamente explicado pelo meu colega Caio em posts passados). Deduz-se então que os efeitos do amor no cérebro são análogos aos efeitos da cocaína.
Essa composição química do que chamamos de paixão pode nos deixar viciados: os seus dependentes tendem a saltar de romance em romance, abandonando seus parceiros assim que o cocktail químico inicial desvanece. E pior ainda, os que insistem em continuar com o mesmo parceiro tendem a buscar a dose extra de excitação em relacionamentos extraconjugais.
Bem, eu tinha falado no começo do post que ia me desviar um pouco do tema “drogas”, que estava sendo bastante abordado pelos meninos, mas acabou que eu não consegui fugir: o amor também é uma droga, e das mais potentes!
No entanto, ao contrário das outras, amar é bastante recomendado :)
Até breve!
Maria Eduarda – MED91.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://www.spq.pt/boletim/docs/boletimSPQ_100_047_28.pdf
http://bioquimicadoamor.blogspot.com/
Ou seja, se você está apaixonado por alguém, e quando está com ela você estimula seu sistema de recompensa, e o nosso corpo se acostuma a receber mais e mais dopamina, e quase sempre procura-a em fontes conhecidas... significa que você estará viciado em alguém. Haha. Só conseguirá se satisfazer estando com aquela pessoa!
ResponderExcluirMuito bom post, Duda!
:)
ResponderExcluirOwnnn, science...
Rosa Aparecida Silveira Vieira
ResponderExcluirCara... que artigo incrível. Com um conteúdo tão bom, por que não desenvolveu o design do blog?
ResponderExcluirAaaaa que gostinho de quero mais.